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quinta-feira, 29 de março de 2012

Sem saber que estava grávida, catadora dá à luz no Centro de Porto Alegre

Catadora de recicláveis de 38 anos se sentiu mal e teve bebê na manhã de quarta.
Mãe e filha foram encaminhadas pelo Samu a hospital e passam bem.

Carrinho de coleta onde bebê nasceu em Porto Alegre (Foto: Reprodução/RBS TV)
Carrinho de Coleta onde nasceu o bebê

Uma catadora de materiais recicláveis de 38 anos deu à luz uma menina sobre um carrinho de coleta no final da manhã desta quarta-feira (28) perto do terminal de ônibus Parobé, no Centro de Porto Alegre, informou a Brigada Militar. Segundo o pai da criança, o também catador de lixo Geracildo Carvalho, o casal não sabia da gravidez. Ele acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) porque mulher se sentiu mal, mas o nascimento ocorreu antes da chegada da ambulância.

"Ela me disse que estava sentindo dores no corpo. Levei a mão à barriga, senti o corpo dela um pouco duro e disse que achava que ela estava grávida. Ela disse que não ganharia mais nenhuma criança", disse Geracildo.

A orientação de chamar o Samu partiu dos policiais militares que estavam no local. Antes da chegada da ambulância, a mulher pediu para ir ao banheiro.

"No trajeto da mulher até o banheiro a criança veio ao mundo. Ele (Geracildo) veio rapidamente nor avisar que o bebê havia nascido. Estava surpreso, pois nem sabia da gravidez", disse o policial militar Fernando Sparremberger.

Os policiais esperaram pela chegada de uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) ao lado da mãe, que ficou sobre o carrinho até a chegada dos médicos. "Os primeiros atendimentos são essenciais, até para verificarmos se o cordão não estava no pescoço da criança. Não havia como retirar a mãe e a criança do carrinho", disse o policial Maurício Gonçalves ao G1.

Não é a primeira vez que Gonçalves enfrenta a situação. Ele conta que já levou uma mulher em trabalho de parto a um hospital. "Ela não ganhou (o bebê) na viatura. Quando podemos nos deslocar, fazemos isso, mas cada caso é um caso. O principal é o primeiro atendimento, quando verificamos quais procedimentos devemos adotar", explica.

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